sexta-feira, 1 de abril de 2011

amorgado odagroma

amorgado odagroma
...desprovido de consolo, aberto o porto aos mares. Estar livre e estar só, são antíteses, os sentimentos que se misturam num jogo eterno de autos e baixos. Mas que só acontece para quem tem coragem de querer o além mar. A terra prometida, a rendenção a guerra da vida, que só é guerra pelo desencontro e desencantos nisso que se vive e alguns chamam ser a arte do encontro.
E essa constante guerra e paz, do que vale a pena, do que ainda vale a pena. O tempo corre e a pressa nos tira do trilho, desencarrilha as vontades, que antes rumavam ao encontro de um só. Um amor, um coração, um sentimento, o mesmo pulsar no sangue. "É impossivel viver sozinho", isso é o questionamento, a queda de braço entre coração e mente, que eu insisto em trapecear a favor de meu peito. Que sangre! digo que deixem sangrar... até o fim, até a última gota secar. Para ver ele renascido, nem que seja em volto a lágrimas.

No dia de hoje senti um turbilhão de coisas que me fizeram me sentir cinza pelos sempre mesmos motivos e pela cobraça e culpa por telos.



Olha quem está

A passos tortos

O tortuoso caminhar

Do andar dos bobos


É mais um em nenhum

Que se esconde atrás de algum


Esquece-se de ser alguém

Para lembrar-se de ser ninguém


Ele é só mais um

Que só sabe ser nenhum


Acha fácil ser um fraco

Que ter coragem em ser um bravo

Já não sabe ser melhor

Vive sempre a ser menor


Ele é só mais um

Que só sabe ser nenhum


O que fala, teme em dizer

O que acredita teme crer

A verdade não há alguma

felicidade se resume a nenhuma


Ele é só mais um

Que só sabe ser nenhum



Parece que

o amor chegou

ai...

O amor não vem em compasso aos passos de bossa

Amor vem em passos e alegria de samba

Em marcha de carnaval

Com o peito a (tremer) bater como as peles dos tamborins

Que anunciam o desfile na avenida

Que esta a passar

No credo de ser, e não parecer

E da certeza na incerteza

Daquilo que não se planeja ter

Porque amor não acontece por acaso

Mas por acaso que de repente, é amor...