quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Embebido sóbrio com alegria amarga, sou tese e antítese, dialética e dialógica. Onde está o meu amor? Essa é a pergunta certa a se fazer? Qual das três?

- Não fode guri! Ninguém tá te entendendo, nem tu te entende! "Conhece-te a ti mesmo, feladaputa!" - já dizia o alcoólatra doutor camisa 9, exímio estufador dos cordéis do oráculo de Delfos, cujo discípulo se dedicou à amar as mulheres na bronha.

Verdade, não chega a ser novidade. Não expresso, não manifesto, não reciclo e não contesto. É, meus caros amigos, me perdoem por favor, não lhes mando notícias nessa fita porque minhas certezas nunca chegam ao fervor. Pouco choro pra muito samba.
Mas lhes devo uma, diante de tanta confiança que me depositam, quero agradecer tentando compartilhar das minhas também, ainda que de maneira atrapalhada e inacabada.

Estou perdendo amores e rancores, isso é bom? Por una cabeza de un nobre potrillo parece ser triste. Sinto que não sei lidar com vida intensa de uma paixão e acabo a perdendo tanto na forma de sujeito quanto substantivo. Tenho sonhado com alguns dos meus passados, eles (na forma de elas) me pedem ajuda como se precisassem de mim. Mas na verdade acho que sonho porque sou eu que estou precisando do passado. Nas duas últimas noites um dos passados me procurou, e me fez acordar com o sentimento que antes sentia e que a pouco tinha apagado. Será que procuro voltar à ele, preciso dialogar novamente com ele? Ou simplesmente aceito o sonho como sonho?
Nessas horas eu sempre acabo fazendo merda, mas a pior merda é não fazer por medo de fazer merda.

Peço desculpas por encerrar por aqui, de maneira tão incompleta e abstrata. É que sou amador no verso e na prosa dos amorgados de amor. Mas acho que o exercício de reflexão escrita foi bem fiel ao que tenho a expor.
Vou realizar algumas pendencias pra tentar ser mais concreto nas próximas vezes. Quem ver, viverá!


sexta-feira, 1 de abril de 2011

amorgado odagroma

amorgado odagroma
...desprovido de consolo, aberto o porto aos mares. Estar livre e estar só, são antíteses, os sentimentos que se misturam num jogo eterno de autos e baixos. Mas que só acontece para quem tem coragem de querer o além mar. A terra prometida, a rendenção a guerra da vida, que só é guerra pelo desencontro e desencantos nisso que se vive e alguns chamam ser a arte do encontro.
E essa constante guerra e paz, do que vale a pena, do que ainda vale a pena. O tempo corre e a pressa nos tira do trilho, desencarrilha as vontades, que antes rumavam ao encontro de um só. Um amor, um coração, um sentimento, o mesmo pulsar no sangue. "É impossivel viver sozinho", isso é o questionamento, a queda de braço entre coração e mente, que eu insisto em trapecear a favor de meu peito. Que sangre! digo que deixem sangrar... até o fim, até a última gota secar. Para ver ele renascido, nem que seja em volto a lágrimas.

No dia de hoje senti um turbilhão de coisas que me fizeram me sentir cinza pelos sempre mesmos motivos e pela cobraça e culpa por telos.



Olha quem está

A passos tortos

O tortuoso caminhar

Do andar dos bobos


É mais um em nenhum

Que se esconde atrás de algum


Esquece-se de ser alguém

Para lembrar-se de ser ninguém


Ele é só mais um

Que só sabe ser nenhum


Acha fácil ser um fraco

Que ter coragem em ser um bravo

Já não sabe ser melhor

Vive sempre a ser menor


Ele é só mais um

Que só sabe ser nenhum


O que fala, teme em dizer

O que acredita teme crer

A verdade não há alguma

felicidade se resume a nenhuma


Ele é só mais um

Que só sabe ser nenhum



Parece que

o amor chegou

ai...

O amor não vem em compasso aos passos de bossa

Amor vem em passos e alegria de samba

Em marcha de carnaval

Com o peito a (tremer) bater como as peles dos tamborins

Que anunciam o desfile na avenida

Que esta a passar

No credo de ser, e não parecer

E da certeza na incerteza

Daquilo que não se planeja ter

Porque amor não acontece por acaso

Mas por acaso que de repente, é amor...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Procuro por algo

Por aquilo que é diferente

Algo com que se possa aprender

Algo para se perder

Aquilo que me capte os olhos

Aquilo que tenha em meus sonhos

O diferente, o estranho, a novidade

Algo que estará por vir

A boa surpresa

As boas novas

O fim da saudade

E o inicio do adeus

O começo, que chega ao fim

segunda-feira, 21 de março de 2011

Repelente para os Repelidos!

Declives de uma paixão? Amor incondicional¿
Para corações sangrentos, átrios encachaçados de ressentimentos, morangos podres e silvestres, amargo como um abandono peniano, escambo cego de fumo barato e por que não, descaso fugaz*!
Núria me enclausura no fato de manter las piernas cerradas e a cara mole de Cannabis Sativa, com olhos fundos, a pálpebra vazia e zombeteira.
Em uma anàlise interior romântica, cheguei ao ponto em que a Catalana nunca me disse: Canta e toca aquela canção pra mim, tira essa para nòs cantarmos juntos!Isso nunca ocorreu, sabendo que ela sabe que meu hobby terno-prazeroso è a música, uma paixão plena, vertente das minhas horas transcorridas em dedilhados ocos, harmônias transeuntes e esganiçados free style.
Hoje meu dia foi pleno como a lua que nasceu, tirei fotos, lavei o espírito nas águas iluminadas pela lua mas cheia dos últimos tempos, nas águas da Ferrugem, vi o balé das sereias do cólo de Iemanjá, sai molhado passando por umas argentinas turistas que miraran con una arduosa sonrisa. Logo já pensei uma escolha, várias renúncias. Chegando em casa pego o violão e vou tocar na praia sozinho, aproveitar a iluminação lunar mais querida dos últimos tempos, depois chega ela na praia com um back acesso entre os lábios, estava ali pelo comentário meu feito, em relação ao descaso músical e a desantenção vital em questão. Perplexidade em formas de fumaça , e do nada ela indaga que sentiu presenças, energias, e começa a gritar.Daí a atmosfera de medo e chapadeira era ardilosamente caótica!Ela avista um cara falando no escuro e começa a gritar, era nada mais que um cara falando no celular com alguèm, depois de fatos ocorridos da noite, ela me abandona por fumaça e calmaria, vórtex inclinado para miniséries e superficialidades.
Começo a sentir rebuliço na pele, marcas no escuro, repúdio silêncioso, guerra-fria.
Como se sentiria Rasputín, sem uma conquista? Assim era eu, rechaçado, amorgado com o pau na mão, uma carcaça a deriva, Disney para os mosquitos, para completar a situação erro um comando no computador e abre imagens da web cam, fotos antigas, retraídas pelo esquecimento, dou atenção ao fato e vejo um cara, era o Ex dela, sem camisa com uma cara de magrao-pornô! Apartir daí comecei a sentir repúdio total pela situação, para com ela também, gritos silenciosos omitidos na escuridão do meu ser, expelido em conversas instântaneas como o cafè. A grande sorte do homem è ter grandes amigos, verdadeiros diamantes da vida, encontrei em meus amigos afago necessário, era só cuspir na realidade todo meu bordado de múrmurio ali, jogado em palavras roucas, todo sentimento sufocado solto em Times New Roman pelo msn.
Pergaminhos da aventura do meu ser , dizem, latejam que pode ser um equìvoco, mas logo sinto John Lenon cantando (Love), escrita e cantada por ele, brincando com a Yoko Ono (japa monstra) na praia, desferindo corações e símbolos de caricias e amor. Digo que sinto o mesmo pela Catalana, isso se faz forte em minha estrutura mental emocional. Mesmo que ela não curta as mesmas coisas que eu, sentimos algo, cuando miradas se encuentran, lá no fundo da íris, uma glândula comandada pela alma, invoca aquela velha suada no cantinho do olho. Love is real, Real is Love!


*Fugaz: palavra-chave sideral e corriqueira Mendiguiana.